terça-feira, 2 de novembro de 2010

O meio ambiente e o cultivo de cannabis.


Digamos que você seja o governo. Esta conduzindo um trêm de carga tóxica descarrilado que esta prestes a causar um colapso ambiental. Um número cada vez maior dos seus cientistas está tocando o alarme: a fonte de dependência de combustíveis fósseis esta causando níveis crescentes de poluição e chuvas ácidas. Suas florestas estão desaparecendo num ritmo alarmante para servir as industrias da construção e do papel deixando atrás de si várias áreas do solo erodido.

Terras cultivadas ou pastos que não sofreram erosão estão a tal ponto exauridos e contaminados com pesticidas e inseticidas aplicados no algodão e em outros produtos que os fazendeiros precisam usar ate 40 vezes mais fertilizantes do que um século atrás para obter a mesma produção. E a água da chuva não absorvida pelo solo esta contribuindo para a degradação de seus reservatórios de água. VOCÊ ESTÁ EM APUROS!

O que você precisa é de uma indústria nova, uma indústria que seja capaz de satisfazer as necessidades hoje atendidas por combustíveis fósseis e madeira virgem; que possa ser operada de modo sustentável sem poluir o solo, o ar, ou a água; que seja auto-suficiente e local, sem depender de países estrangeiros para explorá-la. 

Essa indústria precisaria empregar aqueles cidadãos anteriormente empregados pelos setores petroquímico, madeireiros e algodoeiros, não defendo a extinção dessas áreas apenas um mercado mais diversificado, dando opções verdes aos consumidores.
Digamos que seja identificada uma erva que preenche miraculosamente esses requisitos- e até limpa o solo contaminado. Você hesitaria em implantar programas para incentivar o cultivo dessa erva e a indústria que o acompanha?
Não foi o que os governos fizeram. Pelo contrario eles puseram a erva na ilegalidade.

A erva acima descrita é claro, é a CANNABIS. E essa situação não se aplica apenas a alguns governos. Todas as nações industrializadas enfrentam a degradação ambiental e tem a salvação potencial ao seu alcance na forma dessa erva. 

Os grandes níveis de desmatamento atestados hoje pela nossa sociedade, teve inicio em 1920 quando Harry Anslinger determinou que a maconha deveria ser considerado uma droga perigosa e criou a política de tolerância zero. Protagonista da teoria de conspiração das madeiras contra o cânhamo na revolução industrial. Pondo a cannabis na ilegalidade as madeireiras fizeram seu reinado de desmatamento. 

Todo tipo de cannabis é proibida hoje nos Estados Unidos e no Brasil inclusive o cânhamo que não contém quantidades significativas de THC (Tetra-hidrocanabinol), a substancia química psicoativa presente na planta. A pergunta é por que alguns países não conseguem distinguir entre maconha e fibras para madeiras, enquanto inúmeros outros países já estão cultivando para tal uso? Seria o medo dos grandes investidores madereiros?

O futuro do cânhamo/cannabis



Os produtos atuais no mercado não passam de uma mera demonstração de potencial de utilidades dessa planta.
O cânhamo/ cannabis é recomendado para recuperação de terras desmatadas, marginais, e contaminadas com metal pesado, e os próximos séculos haverá sem duvidas a necessidade desse tipo de recuperação.

Existem inúmeras controvérsias relacionadas ao cânhamo, cannabis e maconha, uma planta pode ter diversos nomes, e isso acontece com a cannabis, que dentro do seu reino se divide em cannabis sativa, cannabis Indica, e cannabis Huderallis, e cânhamo é dito para a espécie macho da cannabis que não produz THC, uma planta depende da outra para se procriar e as duas tem valores industriais e medicinais, então seria hipocrisia a defesa apenas do cânhamo negando sua mãe cannabis. 

É inegável a necessidade de mudanças da lei em relação a essa planta, é difícil não falar abertamente sobre a injustiça das leis referentes a maconha, particularmente a luz da crescente evidencia de teorias da conspiração industrial ao lado da informação milenar da maconha na medicina e na espiritualidade.

O mais urgente talvez seja a discussão econômica. Com as prisões se tornando umas das industriais que mais cresce,a necessidade derecursos para desenvolvimento de tecnologias limpas, verdes, provavelmente não serão encontradas ate à guerra as drogas tirarem a maconha do alvo.

domingo, 31 de outubro de 2010

Produtos do oleo da semente





Um outro componente aproveitável e potencialmente lucrativo da planta do cânhamo é sua semente. Ate p início do século XX, o óleo de semente de cânhamo era usado como combustível para lâmpadas, como óleo secante em pinturas e como um verniz para a madeira. Tintas para impressão também eram usadas. Pelo menos um editor imprimiu com uma tinta de cânhamo sobre papel de cânhamo. O óleo da semente também é um excelente hidratante para o corpo, cabelo, e lábios tornando ampla a indústria de produtos de cuidados pessoais.
Especialistas em saúde vêm falando a décadas sobre a necessidade de gorduras não saturadas em nossa dieta, a saber os ácidos graxos chamados linoléicos ( LA, ou Omega 6) e linolênico (LNA ou Omega 3). As sementes de cânhamo/ cannabis são tesouros desses nutrientes, elas contem no mínimo 30% de óleo, sobre tudo LA e LNA na razão ótima de três para um. O óleo de linhaça um produto comparável , é uma indústria de 6 milhões de dólares. Atualmente o óleo de semente de cânhamo é de duas a três vezes mais caro que o de linhaça mas tem mais aplicações por causa do seu paladar superior, caso do queijo e dos burgers de cannabis/cânhamo. Alguns analistas acreditam que se o cânhamo/ cannabis fosse cultivado em escala industrial ia ser mais barato que o milho. 

O maior obstáculo para a comercialização de produtos de sementes de cannabis/ cânhamo é a exigência legal de que as sementes sejam esterilizadas. Isso reduz seu frescor e seu potencial nutritivo. Alem disso todas as nozes e sementes devem ser fumigadas com metilbrometo, o que não é apreciado pelos consumidores de alimentos saudáveis com consciência ecológica.

Moradias feitas de cânhamo e produtos industriais:


O caule do cânhamo/ cannabis, é uma fonte prolífica e sustentável de excelentes materiais de construção e artigos manufaturados. É possível por exemplo construir uma casa usando quase exclusivamente cânhamo e depois usar produtos do óleo da semente da planta para pintar e calafetar os produtos acabados e ainda mover o carro.

Existe a tecnologia necessária para mudar para os compósitos de cânhamo ou para acrescentar o cânhamo a processos atuais sem necessidade de reequipamento. 

Em geral quanto mais longa a fibra usada, mais resistente o produto final com relação ao seu peso. Uma planta de cannabis pode passar de 5 m de altura com feixes de fibra da casca se estendendo por praticamente toda sua estrutura. Isso da ao líber do cânhamo uma resistência excepcional quando ele é combinado a aglutinantes resinosos para manufatura de materiais compensados de alta densidade. 
A Ford motor company investigou a possibilidade de usar cânhamo em 1929 e enviou funcionários para visitar a bem sucedida fazenda de cânhamo de Albert Fraleigh em Alberta, Canadá antes de iniciar uma plantação de 80 hectares. Em dezembro de 1941 no popular mechanics. 
Henrry Ford exibiu orgulhosamente, após 12 anos de pesquisa, o primeiro automóvel nascido da terra, com uma carroceria plástica composta de 70% de cânhamo, palha de trigo e sisal e em 30%  de aglutinante resinoso de cannabis. O único aço no carro era sua estrutura tubular soldada. O veiculo pesava um terço menos que seus correspondentes de aço mas demonstrava uma resistência ao impacto dez vezes maior.

A fibra de média densidade ( MDF ) é um compensado celulótico de resistência comparado a da madeira de arvores. É usada na construção civil, na marcenaria na construção de moveis e em outras aplicações da carpintaria e do trabalho na madeira. Protótipos de tabuas de MDF  de cânhamo superaram seus correspondentes feitos com madeiras de arvores. 

A Isochanvre uma empresa francesa, já construiu cerca de 250 casas de cânhamo. Ela usa um método patenteado não toxico, para tratar o caule, transformando os em materiais isolantes e num substituto leve para o concreto. A polpa usada para o isolamento é tratada com uma substancia antifogo e usada tanto solta quanto ainda no saco para vedar e isolar espaços em paredes e tetos. O material de construção usa lascas de cânhamo revestidas com uma camada de um aglutinante mineral misturado com água e cal e pode ser vertido em móveis ou aplicado com uma cuba.

O material orgânico calcifica se e endurece, transformando se numa massa estável que é isolante tanto do som quanto da temperatura. O caule fossilizado de cânhamo conserva alguma flexibilidade, e quando seco, tem apenas um sétimo do peso do concreto convencional. Um hectar de cânhamo produz cerca de 60 m^3 de Isochanvre – o bastante para construir e isolar uma casa de 135 m^2. O material de construção custa hoje em torno de 215 dólares por metro cúbico e o isolamento 260 dólares. Isso perfaz cerca de 14 mil dólares para a casa. A empresa poderia reduzir o custo do produto cultivando ou encomendando seu próprio cânhamo, mas o monopólio estatal sobre o cultivo da planta o impede.

Mais ao norte da Alemanha onde nenhum cultivo do cânhamo é permitido, caules importados são tratados a caborno, transportados até o local e usados como base solta para piso. O material betumado é ligeiramente viscoso  e se comprime para se ajustar aos contorno da superfície inferior. Cria uma superfície isolada e plana para o acabamento do piso. 

O pleno potencial da combinação de caules de cânhamo com a tecnologia de extrusão para a fabricação de plástico permanece em grande parte inexplorado. A Green house, empresa com sede em Frankfur, na Alemanha, seleciona as partículas mais finas da polpa do cânhamo para fazer um composto rígido que é semelhante ao plástico, mas biodegradável. Ao contato com água, o material se decompõe, reduzindo-se a hemicelulose. A empresa planeja acrescentar um bom obturador e fabricar pranchas de sakate, uma fonte viável de tal obturador é o óleo da semente do cânhamo, que pode ser polinizado ou transformado em poliuretano para uma ampla variedade de acabamentos. Unidades que operam no campo são capazes também de usar o óleo para produtos plásticos, de espuma de borracha a policoncreto – duas vezes mais resistente que o concreto convencional, mas ligeiramente flexível. Encanamentos de plásticos são mais uma possibilidade. 

Empresa canadense mostra carro feito de maconha
Depois de anunciar a produção de um carro feito com fibra natural, a empresa canadense Motive apresentou oficialmente a novidade durante a conferência EV 2010 VÉ em Vancouver, Canadá.
O modelo, batizado de Kestrel, utiliza motor elétrico e traz a carroceria composta por cânhamo, material derivado da Cannabis sativa, nome científico da maconha. De acordo com a fabricante, a fibra da planta é mais viável por não enferrujar, absorver melhor os impactos e ser mais leve. A novidade pesa 850 kg e tem capacidade para até quatro pessoas.

Em relação ao design, a empresa afirma que apostou em linhas simples. "Os veículos elétricos precisam ser eficientes, por isso que o desenho do Kestrel tinha que ser simples (com o mínimo de componentes), leve e atrativo para os olhos", afirmou em nota o designer do carro, Darren McKeage.

Para o presidente da Motive, Nathan Armstrong, a oportunidade é única por promover progressos significativos no setor do automóvel e "apoiar o setor canadense do automóvel ao proporcionar produtos sustentáveis e oportunidades para criar novos trabalhos verdes no setor manufatureiro".
A potência não foi revelada, mas os dados oficiais dão conta que ele atinge velocidade máxima de 135 km/h e tem autonomia para 160 quilômetros. O Kestrel é um dos modelos que faz parte do Project Eve, consórcio de empresas para desenvolver a eletromobilidade no Canadá. As vendas dele deverão começar em 2012.
 



Pode ser que a fibra óptica de cânhamo não esteja tão longe. 


sábado, 30 de outubro de 2010

Papel e tecido de cânhamo


Papel de cânhamo:
A maior contribuição do cânhamo para a economia e a ecologia mundial poderia sem duvida se dar como parte de um retorno ao uso de papeis feitos com ervas. Metade de todas as árvores derrubadas é usada na fabricação de papel, e o desmatamento gera uma serie de crise ambiental, debilitando nossos ecossistemas, a camada superior do solo, as bacias hidrográficas, bem como o aumento do efeito estufa.
As árvores vêm sendo usadas na fabricação de papel somente apartir de meados do século XIX. Antes disso o papel era produzido com plantas de colheita anual como o papiro e o cânhamo. Além disso anualmente é produzido um total estimado em 1,5 bilhões de toneladas de resíduos agrícolas, esse é um refugo que poderia ser transformado em papel, em especial  mediante a adição de uma fibra longa como o cânhamo.
Com os preços do papel em alta e a freqüente escassez do produto, chegou a hora de voltar os olhos para as hoje chamadas de fontes “ alternativas” de polpa de celulose.
No Brasil, devido a fatores favoráveis ao cultivo de cânhamo, sua produção em escala industrial permitiria o surgimento de um mercado promissor, inclusive e principalmente em escala internacional, melhorando o desempenho da balança comercial.


Tecido de cânhamo: 
O estilista Ralph Lauren revelou que tem usado a fibra de cânhamo em segredo em suas linhas de roupas desde 1984.  Calvin Klein  disse em entrevista para o new York times em 1995: “ Acredito que o cânhamo vai se tornar a fibra preferida tanto no mobiliário de casa como na industria de moda”.

O cânhamo foi um produto de grande utilidade durante séculos e era natural que roupas confeccionadas com ele estivessem entre os primeiros produtos a causar impacto no mercado da moda ecologicamente consciente de hoje.
Os feixes de fibra de cânhamo chegam a medir 4,5 m, enquanto as fibras de algodão tem parcos 2 cm, o que, segundo consta, da ao cânhamo uma resistência a tração oito vezes maior que a do algodão e uma durabilidade 4 vezes maior. O cânhamo pode ser lavado e secado a maquina embora amasse pode ser passado. O cânhamo tem um brilho natural, e aceita muito bem as tintas em razão da sua excelente absorção. 

O cânhamo assim como o linho e outras fibras pode ser tecido em muitos níveis da lona ao tecido fino, com o processamento adequado o cânhamo fica mais macio que o algodão. O cânhamo é também mais absorvente, o que o torna uma excelente escolhas para toalhas, fraudas, absorventes femininos, tecidos para estofamento, roupas de cama de alta qualidade, são mercados potenciais para o cânhamo. 


Cânhamo


Cânhamo ou cânhamo industrial é o nome dado a planta macho  da planta Cannabis e o nome da fibra que se obtém destas, nesse momento há cerca de 300 empresas ligadas ao cânhamo nos Estados Unidos, importando, fabricando, distribuindo e vendendo a varejo centenas de produtos, de sapatos e sandálias a lingerie de seda de cânhamo, xampus de óleo de sementes de cânhamo, pomadas, gloss  para os lábios, e muito mais coisas que aos poucos irei relatar aqui.
Com base em estimativas conservadoras, o cânhamo representa um negócio de 15 milhões de dólares nos Estados Unidos e de 50 milhões de dólares em todo o mundo, o cânhamo esta ganhando mais respeitabilidades a cada dia e empresas de vulto e estilistas como Converse, Ralph Lauren e Calvin Klein começam a se aventurar nas águas do cânhamo. Lojas para a venda de artigos de cânhamo abriram as portas em cidades espalhadas pelos Estados Unidos, Europa, Canadá, e Austrália. Muitas dessas empresas bem como a institute for hemp, a Coalition for hemp Awareness e o hemp BC, administram também lojas virtuais na internet.

Na America latina embora seja possível encontrar produtos feitos de cânhamo, praticamente não há lojas especializadas, ocorrendo ainda uma ligação muito intima e errônea entre cânhamo/maconha e crime organizado.

Nos Estados Unidos e na Alemanha, onde o uso de cannabis é restrito, desenvolveram os mais bem sucedidos negócios ligados ao cânhamo. O interesse alemão é atribuído a um forte movimento verde. No início de 1995, o cânhamo teve uma presença marcante na Biofach da Alemanha, a maior exposição comercial de bens de consumo ecológico do mundo. Uma conferência de quatro dias de duração, de que participaram cientistas e industriais do mundo todo, discutindo técnicas de cultivo, colheita e armazenamento; processamento, maceração e acabamento pela polpa e fibra de papel; sementes de cânhamo para alimentação humana, cosméticos e detergentes; materiais de construção, combustível e aplicações médicas; e questões legais. Quarenta diferentes  empresas  dedicadas  ao  cânhamo, de nove países, novos produtos ali mostrados foram tábuas de partículas de cânhamo prensado e moldado na forma de tigelas e painéis de instrumentos, material de fibra estiveram presentes na área da exposição. Alguns dos mais reticulada, semelhante a fibra do vidro, para ser usado como acolchoados ou isolante, rendas de cânhamo, plástico feito com a celulose do cânhamo a ser vendido para fabricantes de skates. Na Biofach, os empresários americanos do cânhamo finalmente conseguiram a legitimação de suas atividades como negócio ecológico a que aspiravam havia tempo. No Brasil o deputado federal Fernando Gabeira (Pv/ RJ) tentou, em vão trazer sementes de cânhamo do exterior a fim de submetê-las a experiências e estudos. Porém mesmo constatada a ausência de Tetra hidrocanabinol ( THC)- principio ativo da planta responsáveis pelas alterações no sistema nervoso central do usuário- a policia federal apreendeu o produto.

Desde a década de 1930 tem havido um esforço para doutrinar as pessoas, impondo lhes mentiras como a crença de que o cânhamo não passa de uma "praga do inferno". Mas quando lhes mostram uma camisa que parece linho e dizem que é feita do caule da mesma planta que produz maconha ( nome popularmente conhecido da flor da cannabis) uma profunda alteração da consciência tem inicio. Sobrevém que o cânhamo não provém de uma "droga" mortal, mas simplesmente uma planta possuidora de uma longa e notável história de serviços a humanidade.